quinta-feira, setembro 30, 2004

Ironias...

É triste ver pessoas desta indole moral permitirem-se a realizar considerações ofensivas sobre terceiros.

Por detrás da parabenização esconde-se toda uma ironia que apenas qualifica a pessoa que a produziu...

A derrota para os amputados moçambicanos foi apenas observada através de fotofinish, após uma prova renhida. O protesto lavrado logo após a prova ainda se encontra em apreciação pela entidade organizadora, pelo que a derrota não é, ainda, efectiva.

Parabens Charreta

Tive recentemente conhecimento da excelente prestação dos nossos atletas paralimpicos nas ultimas olimpiadas do género. Quero realçar nomeadamente a grande prova realizada pelo nosso atleta Rodrigo Charro na mini maratona, o qual apenas foi superado pela magnifica equipa de amputados moçambicanos. Bravo campeão !

quinta-feira, setembro 16, 2004

Morangos com Açucar

Mesmo para quem, como eu, não vê os Morangos com Açucar, o texto que se segue e que recebi por mail, de autor anônimo, é hilariante. É um ponto de vista alternativo que não pude deixar de partilhar com todos vós.

"Venho neste mail falar-vos desse flagelo que nos tem atacado desde o fim do verão. Já estão a ver qual é? Eu ajudo: "Morangos com Acúçar".
Ora bem...se aquilo pretende ser um retrato fiel da juventude e sociedade portuguesa, eu devo viver numa dimensão alternativa!!!
Bom...vejamos:
A FAMÍLIA:
A história começa quando quatro filhos, o mais velho com uns 20 anos, perdem os pais. Agora eu pergunto: Que raio de pais seriam aqueles, para os filhos nem sequer falarem deles em nenhum episódio? Além disso, seria mais fácil tornarem-se todos em: 1 irmão mais velho que se está a cagar para os irmãos, uma irmã mais velha com tendencias suicidas e ideais satânicos, um mini-delinquente armado em puto-estúpido e uma miuda de 7 anos maníaco-depressiva! Na verdade na série eles são: O irmão mais velho ultra-responsável e paternal, a irmã mais velha ainda mais responsavel e maternal, que está sempre(mas sempre) a rir (se calhar tá com a moca), o irmão atinado e estudioso e a pita de 7 anos (e sem pais) completamente feliz!
A JUVENTUDE:
Outra situação...MAS QUE DIÁLOGOS DE MERDA SÃO AQUELES?? Acham realmente que certas situações se passam assim? Ora vejamos: - Série: "Olha, vi-te ontem à noite. Estavas com uma bebedeira procedeste mal. Achas bem o que fizeste?" - Vida real: "EEEEH PUTO! Tavas com uma puta duma bezana ontem à noite!!!! Vai lá vai! Comé que é? Esta noite vamos mamar umas jolas outra vez ou q?" E pergunto eu de novo: Mas naquela escola só andam os 30/35% de jovens que não fumam? E ninguém fuma charros por ali, tirando o único puto que o faz e é visto como um toxicodependente em estado terminal? Mais ainda, qual é o jovem que se preze, que aos 17/18/19 anos ande sempre com a barba impecavelmente feita? Serão todos paneleiros?
A ESCOLA:
Meu Deus! Que prodígio! Uma escola sempre arrumada, sem papeis pelo chão, sem riscos na parede, pastilhas elásticas debaixo das mesas nem casais a mandar quecas na casa de banho e sem grupos de mânfios à porrada e contínuas mal-humoradas! Aquilo mais parece um bloco operatório do que uma escola... Além disso, quando toca para entrar... - Série: "Olhem, já tocou! Vamos para as aulas?" (E lá vão eles, quais sete anões a caminho da mina...) - Vida real: A: "Pá...tá a tocar..." B: "Ya..." A: "Foda-se...a profe já lá deve tar...puta que a pariu!" C: "Quero mais é que ela morra... Vou beber um cafezito e já lá vou." A e B: "Ya ya, baza lá, caga pa mulher,ela que espere." Será que os alunos gostam tanto desses professores que não conseguem chegar 5 minutos atrasados? Não podem passar um minuto sem eles??? Será que são professores pedófilos e eles gostam?

OS PROFESSORES:
Mas que raio de escola é esta onde os professores se comem uns aos outros e professoras comem alunos ????? Ora bem...toda a gente sabe que os professores são quase todos assexuados (ou pelo menos parece). Aliás, penso que a maior parte deles só tem filhos para poder gritar também com eles e assim ser uma besta completa 24h por dia. Há mais! Que raio de professora é que deixa um colégio no Estoril para ir dar aulas para Castelo Branco???? Está tudo a tentar vir embora de lá e ela faz o contrário? Será que bateu com os cornos na parede e tem a noção de Litoral/Interior trocada? Que dom terão esses professores para nas aulas deles não haver NINGUÉM a falar, não há indisciplina, não se manda ninguém para a rua? Volto a perguntar, serão pedófilos e o pessoal tem medo de falar? E ninguém chumba? Será o prémio por ficar caladinho? Além do mais...porque raio é que ninguém manda bocas acerca do cu das colegas e das professoras de Ed. Física e Desporto?
OUTRAS SITUAÇÕES:
Recentemente houve uma situação em que 1 grupo de vândalos entrou no bar onde estava a menina atinadinha e um amigo e partiram aquilo tudo. MAS QUE RAIO DE MITRAS (mânfios, para os leigos) ERAM AQUELES? Esta cena tem certas incongruências com a vida real:
a) Os mânfios eram TODOS brancos (estão bem a ver o irrealismo disto!)
b) Que raio de assaltantes eram aqueles? Partem mesas e cadeiras e não vão à máquina das imperiais???? Serão ladrões abstémios??? - "Olá, eu sou o beto mãozinhas, assaltei 32 Velhinhas, mas não toco no alcool há 6 meses"
c) E não violaram a rapariga?
d) A piéce de résistence: então os gajos partem aquela merda toda, E NÃO VÃO À CAIXA REGISTADORA ??? Isto é altamente irrealista, volto a lembrar que eram todos brancos!!

Que raio de casal de namorados é que aos 18 anos decide casar? Assim que a gaja (e geralmente são elas) mencionasse essa palavra ao namorado com essa idade, no mínimo dos mínimos a resposta seria: - Rapaz: "FODA-SE! MAS TU TÁS PARVA?? TOMASTE OS COMPRIMIDOS AMARELOS EM VEZ DA PILULA? ESTÁ TUDO ACABADO!" - Rapariga: "Mas..! Mas...! Eu amo-te!" - Rapaz: "PORRA, deixaste os miolos em casa ou quê?!? Ala que se faz tarde!"
Na cena seguinte naturalmente surgiria o Rapaz numa cena de sexo escaldante com a melhor amiga da agora ex-namorada, que geralmente é uma valente kenga. E por último: que raio de bairros de lata são aqueles onde, surpreendentemente, também não há papeis no chão e quando as pessoas perdem telémoveis vem um grupo de simpáticos mitras entrega-lo cordialmente?
Isto é tudo... muito estranho! Devo viver num mundo alternativo...!!! "

Palavras para que, é um artista português!!!!!!!!

Aquele Abraço

quinta-feira, setembro 09, 2004

Crónicas de uma vida IV

Hoje assisti a algo que de certeza me vai marcar e acompanhar por muitos e muitos anos. Bom, mas mais vale começar pelo princípio para que apanhem tudo.

Um dia igual a muitos outros, à excepção de uma coisa que agora não interessa nada.
Lá vim eu para o trabalho no tal chaço que o seguro me emprestou, um Punto 1.2, que tanga de carro, mas enfim... Cheguei onde costumo deixar o carro, em frente ao Centro Comercial Gemini, em Entre Campos, por volta das 9:45h e estacionei atrás de um outro Punto Verde. O carro chamou-me a atenção por ter o farol traseiro esquerdo partido e estar colado com fita cola.

Reparei que no banco de trás estava um puto com certa de 3/4 anos a brincar com um boneco. Sentado à frente estava quem eu assumo que seria o pai. Quando saí do carro para ir então para o edifício onde trabalho, e ao passar pelo carro, só aí vi o que estava a acontecer. O tipo estava a dar na “prata”. Lá estava ele com o isqueiro a queimar aquela merda e a “chupar” tudo por uma nota enrolada. Mas isso nem foi o que realmente me impressionou, mas sim a atenção com que o puto que estava no banco de trás. A olhar para que o pai estava a fazer.

Tudo isto foi uma fracção de segundo, tudo se passou num virar da cabeça quando ouvi o barulho do isqueiro.

Não houve problemas em estar à vista de todos, mas o que me impressiona mesmo é o miúdo. Já tinha visto cenas destas em filmes e documentários, e até imaginado ao ler certos livros, mas neste caso não havia nenhuma câmara a filmar, é a pura, dura e crua realidade. E que merda de realidade. A cegueira de ter a dose dele fê-lo descer ao ponto de esquecer que no banco de trás está uma criança, uma criança que como todas as crianças terá a tendência que querer imitar os adultos, e em particular os pais. Caraças, um puto?! Era um puto! Eu nem sei a quantidade de coisas que me passaram pela cabeça, desde lhe pregar um murro a chamar-lhe a atenção ao que estava a fazer, até mesmo a chamar a polícia (nem era preciso ligar, porque uns metros à frente estava um carro da PSP parado num semáforo. E o que acabei por fazer? Nada, não fiz nada, mas o que podia eu fazer?

É triste ver alguém chegar a este extremo, ao extremo de se despreocupar com a família, com os filhos para sustentar uma merda de vício que assim como ele aspira a droga, lhe vai aspirando a vida, a família, os amigos, o emprego, enfim, as pessoas de quem se gosta.

Acreditem que já vi muita coisa na vida, coisa boas, coisas más, coisas extremamente desagradáveis, mas nada me marcou como esta imagem. Tudo bem que possam dizer que esta é uma imagem real, e normal, mas acreditem, uma coisa é saber que existe, e outra é presenciar.
Ainda fiquei a pensar nisso. Será que consigo imaginar o que se estava a passar na cabeça daquele puto? Será que o facto de estar a presenciar aquilo, esta e outras vezes, certamente, lhe iriam alterar o futuro? De certeza, quanto a isso não tenho a menor dúvida. Não tenho a menor dúvida que a não ser que a sua pequena vida leve uma mudança, que o destino já está traçado para ele.

Desculpem lá, mas fico-me por aqui, isto marcou-me mesmo...

terça-feira, setembro 07, 2004

Crónicas de uma vida III

Não estamos sós...

Pois é, ao que parece o pessoal começa a chegar-se à frente com a teoria de que afinal de contas não estamos sós no universo. Eu pessoalmente já sou dessa opinião à muito tempo.

Com os acontecimentos da passada semana, em que um objecto voador não identificado foi avistado a olho nú, um pouco por todo o país, desde Penafiel ao Algarve. 3 ou 4 minutos chegaram para colocar o país em estado de sítio. Muitos foram os que do alto da sua sabedoria extrema tentaram explicar tal fenómeno, passando atestados de estupidez aos muitos que tiveram o prazer (sim prazer) de poderem presenciar tal fenómeno. Explicações com o reflexo do satélite Iridium ou até mesmo um fenómeno da natureza chamado de Ball Lightning (tipo de bola de luz que é frequente a quando da ocorrência de uma tempestade), cometas, meteoritos, enfim, um sem número de explicações para algo que até agora se mantém inexplicável.

Inexplicável até certo ponto. No meu entender não estamos sozinhos, existem sem margem para dúvidas outras espécies por essa galácia fora. Ou o seu Humano é tão egocentrista ao ponto de achar que foram os únicos no Universo a serem abençoados com o dom da vida? Um balde de água fria para muita gente foi a descoberta de fósseis em Marte, e muito mais estará para vir.
Digo mais, eu além de acreditar poso dizer que já presenciei algo que ainda ninguém me soube explicar, nem mesmo o Prof. Dr. Fernando Carvalho Rodrigues (Cientista da NASA), que na altura era meu professor de física na Universidade. Bom, o que vi não foi realmente nada de mais, mas a realidade foi que vi. Mais ou menos em Junho/Julho de 1997 estava eu à porta do café, isto durante a noite. Estavamos um grupinho na conversa e eu às tantas reparo numa luz que se movia a uma velocidade enorme. Pensei que seria uma estrela cadente, coisa que não é em nada fora do normal (então nas noites descobertas...). Bom, mas escutando a conversa do pessoal, segui a trajectória da tal luz. A grande surpresa foi quando essa luz fez uma curva de qualquer coisa como 50º, mas não foi bem uma curva, foi mais uma mudança de direcção abrupta, algo que nunca vi, nem sei de nada que consiga fazer uma curva dessa maneira (tirando o carro do AutoMan). Da minha boca saiu um F**@-se. E ao mesmo tempo um dos meus amigos pergunta: “Também viste?!”. O engraçado foi descrever aos restantes o que de facto tínhamos visto, todos se riram dizendo que tínhamos alucinado, que estávamos era com um copo a mais, mas a verdade é que ambos vimos o que vimos, o que era não sei, mas vale pelo que vale.

Eu pessoalmente acredito que existem extraterrestres, e que nos visitam regularmente. Porque o fazem não sei, mas os relatos de todo o mundo são algo que nos deixam sem explicações.
O alinhamento das pirâmides do Egipto, algumas alegorias dos incas que mencionam seres galácticos, os desenhos das cordilheiras dos Andes, feitos pelo homem, e apenas visíveis de avião, quando na altura ainda nem a trotinete tinham inventado, os desenhos geométricos que aparecem misteriosamente nas searas escocesas, enfim, um n números de coisas que até hoje continuam sem explicações, mas que o Homem teima em colocar de lado por ter medo de dizer que acredita, ou melhor, tem medo da forma como passarão a olhar para ele depois de o ouvirem dizer que acredita.


Como diz o outro, ELES ANDEM AÍ...

sexta-feira, setembro 03, 2004

Crónicas de uma vida II

A novela politicamente correcta.

Chamem-me maricas, chamem-me apaneleirado, chame-me o que quizerem, mas eu admito, gosto de ver os “Morangos com Açucar”. É pá, gosto! No início comecei a ver porque quando estava no meu escritório em casa, tinha a televisão ligada, e normalmente na 4, porque gosto mais de ver o telejornal da TVI. Ora a novela dá antes e depois do telejornal, então por vezes enquanto perdia o meu tempo com a Playstation, a olhar para o boneco a Lara Croft que diga-se de passagem que está muito bem feito, com um movimentos corporais que até fazem um gajo sonhar, lá estava os Morangos com Açucar a dar na tela. Ao principio achei piada por ser tudo pessoal novo e tal, a banda sonora até se ouvia bem, e tal.

De algum tempo para cá comecei a tomar mais atenção à novela, e posso-vos dizer que até è bem engraçada.

Há de tudo, desde os enredos normais de uma novela, do tipo dois gajos que se odeiam e que gostam da mesma gaja, que descobrem que afinal são irmãos, desde uma gaja que engravida do pai da melhor amiga, enfim, as histórias do costume, e depois temos outros casos que focam em muito o dia a dia normal, tal como as drogas, professores lixados, festas, arrufos de namorados, relações amorosas entre pessoas de estratos sociais diferentes, intrigas, problemas na relação pais/filhos, mulheres cornudas, e sempre tudo acompanhado por uma banda sonora à altura. Não é por acaso o CD dos Morangos com açucar está no top de vendas à já algumas semanas.
Bom, mas o que torna esta novela “politicamente correcta” como eu já a entítulei? Ora bem, então não é que estão sempre a esfregar-nos com mensagens subliminares em frente aos olhos? Percam um pouco de tempo a ver um episódio da novela (na minha opinião não é perda de tempo, mas isso sou eu), vão ver que a qualquer sitio onde vão comprar seja o que for, não se esquecem de pedir a factura, mas se por acaso se esquecerem, o funcionário lembra logo a pessoa de que esqueceu da facturinha. É que estejam onde estiverem, até no já famoso bar dos Rebeldes (onde se passa parte do enredo), pedem a factura de uma imperial que vão beber. Isto lembra a alguém? Eu estava bem lixado se cada vez que fosse ao café me desse uma factura da imperial. Então se for uma daquelas noites de copos e mais copos. Parece que me estou a ver num meio de papelinhos brancos só com a cabeça e os braços de fora.

Mas há mais! Sim, há mesmo mais, outra situação que achei uma piada tremenda, foi numa ocasião em que três personagens da novela tiveram que se deslocar não sei onde e foram de autocarro. Ao chegarem ao destino, não pouparam elogios pela qualidade dos transportes. Comentários do tipo:” Bem, foi mesmo rápido, andar de transportes é fantástico. Vou passar a andar mais vezes de transportes. “; “ Bem, que espectáculo. Não demorámos tempo nenhum, e foi mesmo muito barato!”. Não comecei as frases com “Bem” por acaso, é que isto passa-se tudo em Cascais...

Enfim, um novela da qual não te tem a mais pequena noção nem do fim, nem de como irá acabar, a previsão aponta para algo tipo “New Wave”, onde gerações e gerações de actores vão passando, fazendo com que a novela dure anos, a fazer lembrar um série inglesa, “Neighbours”, que dava antes do saudoso “Agora Escolha”. Essa série já dava quando eu estava na primária, e quando cheguei à secundária ainda teimava e deliciar-nos (not) com os seus episódios.
Bom, com tudo isto continuo a gostar de ver a novela, e se não for por mais nada, é sem dúvida por ser produção nacional e por ter lá gajas minímamente boas. E afinal de contas, o que é Nacional é Bom.